quinta-feira, 23 de junho de 2016

Recém-nascidos que convivem com cachorros adoecem menos

Quando o bebê está para nascer, um dos conselhos que as mamães mais escutam se possuem cães em casa é para manter o animal afastado da criança. Mas um estudo realizado pelo Hospital Universitário Kuopio, na Finlândia, revelou que os cachorros podem beneficiar muito os bebês, aumentando a imunidade das crianças contra problemas respiratórios e infecções.
A pesquisa foi realizada com 397 crianças nascidas no hospital entre setembro de 2002 e maio de 2005 durante seus primeiros anos de vida. Constatou-se que os bebês que tinham cachorros ou gatos tiveram menos infecções no ouvido, entupimento de nariz e tosse. E também precisaram de menos antibióticos.

A razão para isso é que os cães levam sujeira e germes para dentro de casa, amadurecendo mais rapidamente o sistema imunológico e aumentando o sistema de defesa das crianças.
Crianças sem contato cachorro em casa eram saudáveis em 65% do tempo em comparação com 76% daquelas que tinham um animal de estimação. Bebês que convivem com cães tinham 44% menos chances de ter infecções de ouvido e 29% menos necessidade de usar antibióticos.
Crianças que passam de 0 a 6 horas diariamente com um cachorro têm menos chances de ficarem doentes. 

Cães x Recém Nascidos

A chegada do bebê modifica toda a rotina da casa. Todos os esforços e atenção dos pais se concentram nos cuidados com a criança. No começo, pode ser muito difícil para o cão compreender essas mudanças. Sendo assim, é preciso condicionar o animal corretamente, para que ele aceite melhor essa situação e passe a gostar do novo membro da família.
Ainda na maternidade, é importante que sejam levados alguns panos novos e limpos para ficarem em contato com o nenê. Depois, alguém deve trazer esse paninhos para casa, e deixá-los nos locais onde o cão costuma fazer coisas prazerosas: debaixo da vasilha de ração, na caminha do animal, junto aos brinquedos dele... Enfim, qualquer lugar que o cachorro relacione com atividades legais. Os cães possuem um olfato extremamente apurado, e o contato com os panos fará com que ele comece a se familiarizar com o cheiro do bebê e relacione esse cheiro com coisas boas como comer, dormir e brincar.
Bebê brincando com o cão Pug - Foto: Paul Matthew Photography/Shutterstock.com
Ao chegar em casa, o ideal é agir com naturalidade, mesmo com a presença do nenê. Alguns cães ficam desconfiados, ou estranham o choro da criança, ou os movimentos. Então, neste primeiro momento, evite contato direto do focinho do cachorro com o bebê. O melhor é que a aproximação seja gradual, de acordo com a aceitação e tranquilidade do cão.
Outro fator relevante é o aumento no número de visitas na casa. Com toda essa movimentação fora do comum, o cão pode ficar estressado, associando a chegada de pessoas e mesmo a presença da própria criança com a perda de espaço, carinho e atenção. Portanto, toda vez que o cachorro tiver uma aproximação amigável com o bebê, ou com as visitas, ele deve ser recompensado com um petisco ou um carinho. No entanto, evite recompensar atitudes muito bruscas, como ficar pulando ou quando ele estiver agitado... Prefira dar ênfase a comportamentos mais tranquilos, pois, assim, o cão passará a valorizá-los também. Aulas de adestramento são muito úteis para ajudar nesse processo!
O cachorro deve possuir brinquedos que realmente goste, e que possa destruir. Assim, toda vez que precisar dar atenção exclusivamente ao bebê, ofereça um brinquedo bem legal, ou um ossinho próprio para cães, de acordo com a recomendação do veterinário, para que o cão fique interagindo com o objeto, e não se sinta rejeitado.
Com o passar dos dias, a segurança vai aumentando, e a aproximação pode ser maior. A convivência entre cães e crianças é muito benéfica para ambos, e pode e deve ser incentivada. Porém, mesmo se tratando de um animal extremamente dócil e carinhoso, o contato entre o cachorro e o nenê deve ser feito sempre sob supervisão para evitar acidentes!
Evite também mudanças bruscas na rotina do animal. Os passeios e brincadeiras com o cão devem continuar na mesma intensidade nessa época, para evitar ansiedade e o surgimento de compulsões e comportamentos destrutivos ou indesejados. Os limites também devem continuar firmes. Muitas vezes, na tentativa de “compensar” o tempo que se passa longe do cachorro, o dono deixa que cão faça o que quiser... E isso não deve acontecer.
E lembre-se: o mais importante é a qualidade do tempo que o proprietário passa com o cachorro. Por isso, educação, carinho e respeito devem sempre fazer parte da rotina do animal, em qualquer situação.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Maneiras de seu cão demonstrar que te ama e que esta feliz!

Bóra conferir como seu cão esta demonstrando afeto e felicidade!!!

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Pular em você : Embora seja um comportamento indesejado, os cães pulam nas pessoas porque eles gostam delas. Quando você chega em casa, seu cachorro está animado em vê-lo e quer comemorar o seu retorno! Embora o ideal seja ensinar o seu cão a não pular em ninguém, o pulo em si pode ser visto como uma demonstração de carinho (exceto quando o cachorro pula no dono pra chamar sua atenção).
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Fazer a famosa “festa” quando você chega em casa:  Quando a recepção deles em casa é alegre e sem estragos (móveis roídos, jornais rasgados) significa que o animal passou o período solitário calmo, sem ter que procurar atividades para a ansiedade de ficar sozinho.
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Abanar o rabinho: Nem sempre o abanar do rabo significa felicidade, mas normalmente o cachorro abana o rabo pro dono como um sinal de afeto. Quando um cão abana o rabo livremente de um lado pro outro e sua linguagem corporal mostra sinais de conforto e alegria (corpo normal, orelhas sem estarem abaixadas, pelos normais), é seguro dizer que ele está muito feliz que você está por perto!
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Te seguir: Os cães seguem seus donos por vários motivos, incluindo a questão de que é você quem fornece comida pra ele. Mas cães são animais de matilha e gostam de estar com companhia, seguir você pela casa é apenas uma pista de que seu cachorro gosta de estar perto de você. Embora seu cão às vezes fique bem no seu caminho e te atrapalhe um pouco, é bom lembrar que ele quer apenas a sua companhia.
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Não passou o dia lambendo as próprias patinhas:
os animais estressados geralmente tendem a lamber a pata, causando manchas nos pelos ou feridas entre os dedos. Em alguns casos, animais muito estressados podem até arrancar os pelos, sendo observadas falhas pelo corpo.
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Se alimentar e brincar por mais óbvio que pareça, seu cão só faz isso quando esta bem e feliz!  Então ele te convidar pra brincar é um sinal claro de saude e felicidade!!!
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Morder as mãos dos donos, (O que a Mabel mais faz, quando ficamos tempos fora de casa), é como uma brincadeira bruta, mas uma forma de demonstração de carinho grandiosa , afinal na matilha é esse o tipo de brincadeiras que eles fazem uns com os outros quando “se gostam”.
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Dormir com você: Uma matilha dorme assim, toda junta e amontoada, se sentem seguros e demonstram afeto uns pelos outros.  Então dormir com você é uma maneira de lhe demonstrar isso.
Mas a felicidade dele depende de você também, mantenha o limpo (eles gostam de estar limpos), dê-khe comida e água sempre, brinque com ele, leve-o para passear, interaja, leve-o ao veterinário para check ups.
Então aumigos o que acharam do post?! Gostaram?! Comentem aí!
Muitos lambeijos <3

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

A importância da amamentação.

A amamentação é, sem dúvidas, o período mais importante para o crescimento de um filhote saudável. Durante as primeiras horas após o parto, o filhote recebe todos os nutrientes necessários para sua manutenção, além de receber, de forma direta, anticorpos de sua mãe, tal qual ocorre com humanos. Por isso, a ingestão do colostro é fundamental.
Amamentação canina.
período de amamentação de cães e gatos varia de 30 a 40 dias após o nascimento, e é fundamental para o crescimento harmônico e nutrição correta dos filhotes. A retirada dos filhotes das mães em período anterior a esse proporciona uma queda no desenvolvimento desses animais, uma vez que não há alimento melhor e mais completo para eles nesta fase do que o leite da mãe.
O uso de sucedâneos lácteos para filhotes é uma alternativa, porém é necessário tomarmos cuidado para não introduzirmos de forma direta e brusca um alimento desses uma vez que, em alguns casos, por sua composição, pode provocar diarreias. O recomendado é que só se ofereça sucedâneo lácteo de forma direta para filhotes órfãos.
Os filhotes por volta de 20 dias podem começar a ter acesso a uma ração de boa qualidade, podendo ser a mesma que se oferece à cadela lactante. O ideal é que se ofereça nesse período um alimento de filhotes tanto para a cadela, quanto para os bebês. Um bom alimento de filhotes garante à mãe suporte adequado de nutrientes, proporcionando a manutenção do score corporal ao longo da lactação, uma vez que, em alguns casos de ninhadas muito numerosas, elas tendem a emagrecer muito, devido a uma grande produção de leite.
Outro aspecto fundamental é deixar água fresca e à vontade para a mãe e os bebês. A água é o maior componente do leite e sua falta acarreta queda na produção, por parte da mãe.
O oferecimento de um bom alimento para a mãe e para os filhotes, garante a eles saúde intestinal, pois a migração é lenta e progressiva, não sobrecarregando a cadela, que também se recuperará muito mais rapidamente.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

O TRABALHO DE PARTO EM CÃES

Essa semana vou falar de gestação de cães, pois acabei de passar por essa experiência maravilhosa que é ver o nascimento de uma vida!
A gestação em cães normalmente tem a duração de 9 semanas (63 dias), podendo apresentar uma variação de 58 a 68 dias. Antes do início do trabalho de parto, a temperatura retal da fêmea cai abaixo de 37,8°C, atingindo frequentemente valores abaixo de 37°C. Essa queda na temperatura ocorre entre 12 e 24 horas antes do parto.
A primeira fase do trabalho de parto corresponde à dilatação da cérvix. Esse período dura em média de 6 a 12 horas, podendo chegar a 24 horas em algumas cadelas. Durante essa fase, a fêmea apresenta-se inquieta e nervosa, e normalmente recusa alimentação; pode também apresentar vômitos, respiração ofegante e tremores, e pode ficar cavando o chão. Nesse período, você deve providenciar um local calmo para a fêmea poder fazer seu “ninho”.
Em seguida, iniciam-se as contrações. Essas são facilmente perceptíveis: a cadela contrai todo o abdome, como se estivesse “fazendo força”, até expulsar o filhote e sua respectiva placenta. O nascimento de todos os filhotes pode levar desde poucas horas até 24 a 36 horas. O intervalo entre o início das contrações e o nascimento de cada filhote varia, sendo em geral de 10 a 30 minutos. Se a fêmea apresentar contrações fortes por mais de 30 minutos, sem que haja o nascimento de um filhote, entre em contato com seu veterinário.
O intervalo entre o nascimento de um filhote e outro também varia. Em ninhadas grandes, não é incomum que após o nascimento de alguns filhotes a fêmea “descanse” por algumas horas, antes de iniciar novamente as contrações. Nesse caso, se ainda houver filhotes e após 4 a 6 horas o processo não for reiniciado, entre em contato com seu veterinário. Lembre que se a fêmea ficar assustada ou nervosa (muitas pessoas ou outros animais no ambiente), o trabalho de parto pode ser interrompido.
A fêmea deve lamber vigorosamente cada recém-nascido para remover todas as membranas e estimular a respiração. Caso isso não ocorra em 1 a 3 minutos, você deve intervir, removendo as membranas e massageando o filhote com uma toalha macia e seca.
cordão umbilical normalmente é cortado pela fêmea com os dentes. Se ela não o fizer, você deve utilizar um barbante, e fazer dois nós: o primeiro a cerca de 2cm de distância do filhote, e o segundo 1cm depois do primeiro. O cordão deve ser cortado com uma tesoura, entre os dois nós.
Os filhotes devem sempre ser deixados com a mãe, e devem ser manipulados o mínimo possível. Algumas cadelas amamentam os filhotes recém-nascidos ainda durante o parto, outras não. Você deve observar se todos estão mamando adequadamente.

Apresento pra vcs meus netos .. E a Mamãe





segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Gripe canina

Assim como os humanos, os cachorros também ficam gripados. Seres humanos não pegam gripe dos cães, porém um cão pode passar pra outro. A gripe canina é uma doença respiratória contagiosa em cães.

Causas da gripe canina


Gripe canina é causada pelo vírus da gripe canina, conhecida como H3N8. É um tipo específico Um vírus influenza que causa a doença em cães, mas não os seres humanos. O vírus da gripe H3N8 foi originalmente um vírus influenza de cavalo. O vírus se espalhou para cães e adaptou para causar a doença em cães e ser facilmente transmitido entre os cães. Há agora, acredita-se que seja um vírus H3N8 específico para cães.

Como é transmitida a gripe canina?


Gripe canina é transmitida através do vírus no ar de secreções respiratórias, como a gripe humana é transmitida entre as pessoas. O vírus pode ser transmitido a um cão através do contato direto com um cão infectado, através de contato com objetos contaminados, e por pessoas que podem ser portadores do vírus em suas mãos ou roupas. O vírus pode permanecer vivo e infectante em superfícies por até 48 horas, em roupas por 24 horas, e nas mãos por 12 horas. Os cães têm o nível mais elevado de vírus nas secreções de 2-4 dias depois de terem sido expostos ao vírus. Muitas vezes, eles ainda não estão mostrando sinais clínicos, quando eles estão em maior risco de transmissão do vírus. Os cães podem ser capazes de espalhar o vírus por até 10 dias.

Sintomas da gripe canina


gripe caninaAproximadamente 20-25 % dos cães de cães expostos será infectado, mas não mostram sinais de doença, mesmo que eles sejam capazes de propagar o vírus. Em 80% dos cães infectados que desenvolvem gripe canina, os sinais são leves e podem incluir uma tosse persistente que não responde ao tratamento, espirroscoriza e febre. Estes sinais podem ser muito semelhantes às de “tosse do canil”. No restante de cães infectados, a gripe canina pode se tornar muito séria, com cães infectados desenvolvendo pneumonia e dificuldade para respirar e até sangramento nos pulmões. Os cães geralmente começam a mostrar sinais de doença de 2-4 dias depois de terem sido expostos ao vírus da gripe canina.

Diagnóstico da gripe canina


Um veterinário irá suspeitar de gripe canina se o cão está mostrando os sinais acima, mas a gripe canina não pode ser diagnosticada apenas em sinais clínicos. Um teste de anticorpo específico é usado para diagnosticar gripe canina. É realizada em duas amostras de sangue, uma tomada no momento em que o cão é a primeira suspeita de ter gripe canina, e a segunda amostra feita 10-14 dias mais tarde. Se o cão é visto muito cedo no curso da doença (dentro de 72 horas após a exibir sinais), as secreções respiratórias podem ser testadas para a presença do vírus.

Tratamento da gripe canina


Não há tratamento específico para a gripe canina, mas o cachorro precisa de cuidados de suporte. Isso pode incluir a ingestão de fluidos para evitar a desidratação, uma boa alimentação e medicamentos para aliviar alguns dos sintomas. Se o cão está mais gravemente adoecido, ele pode precisar de oxigênio suplementar. Os antibióticos são muitas vezes dados para prevenir ou tratar qualquer infecção secundária, especialmente se houver pneumonia ou a secreção nasal é muito grossa ou de cor verde.

Gripe canina mata?


A maioria dos cães com sinais leves recuperam-se totalmente. A morte ocorre principalmente em cães com a forma mais grave da doença, a taxa de mortalidade é por volta de 1-5 % ou ligeiramente superior.

gripe canina

Vacina para a gripe canina


Sim, uma vacina aprovada está disponível. Ele não vai tratar a doença e não pode evitá-la totalmente, mas pode ajudar a diminuir a gravidade da doença, se o cão for infectado. A vacina também irá diminuir a quantidade de vírus que é espalhado no ambiente já que os cães vacinados são menos susceptíveis de transmitir o vírus a outros cães.

Os veterinários não recomendam que todos os cães recebam a vacina contra a gripe canina, mas apenas aqueles que estão em maior risco de entrar em contato com o vírus. Isso pode incluir cães que estão em um abrigo, em um canil, vão a shows de cães ou parques de cachorros, ou de outra forma entram em contato com um grande número de cães. Você deve discutir com o seu veterinário, se a vacina contra a gripe canina seria adequado para o seu cão.

Como posso evitar a propagação da gripe canina?


Qualquer cão que está mostrando sinais de uma infecção respiratória deve ser isolado de outros cães por pelo menos 2 semanas. Qualquer roupa, equipamentos ou superfícies que possam estar contaminadas com secreções respiratórias devem ser limpos e desinfetados. O vírus é morto por desinfetantes de rotina, como por exemplo uma solução de lixívia a 10 %. As pessoas devem lavar as mãos antes e depois de ter contato com um cão mostrando sinais de uma doença respiratória.

Para prevenir a gripe e outras infecções cão não permitir que seu cachorro para compartilhar brinquedos ou pratos com outros cães em grupos comuns.

A gripe canina passa dos cães para as pessoas?


Até à data, não há nenhuma evidência de que o vírus da gripe canina pode ser transmitida a partir de cachorros de outras pessoas. Não há nenhum caso relatado de infecção humana pelo vírus da gripe canina. Enquanto o vírus infecta cães e espalha entre os cães, não há evidências de que este vírus infecta os seres humanos. Também não há evidência de que a gripe em cavalos pode ser transmitida para as pessoas.

Se o meu cão está tossindo ou mostra outros sinais de uma infecção respiratória, o que devo fazer?


Agende uma consulta com seu veterinário para que o seu cão pode ser examinado e analisado, se assim for solicitado e tratadas de forma adequada. Pode ser preciso fazer um raio-x para identificar pneumonia.


Lucky e Lia

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Cesariana em cadelas - Quando optar pela cirurgia

Enquanto o mundo humano eleva a polêmica em torno das cesarianas e partos normais, defendendo diferentes pontos de vista e, em muitos casos, condenando a prática cirúrgica para o nascimento de crianças; o mundo veterinário segue tendo a cesariana em cadelas como uma solução confiável para muitos casos – podendo evitar uma série de problemas na hora do nascimento das crias caninas envolvendo tanto a mamãe pet como os seus novos filhotes.
No entanto, assim como no mundo da medicina humana, não é sempre que a cesariana em cadelas é o meio mais indicado para trazer suas crias ao mundo – havendo algumas situações bastante específicas em que esse tipo de procedimento é recomendado. Embora, em boa parte dos casos, a cesariana em fêmeas seja uma cirurgia adotada em casos de emergência; há, também, muitas situações em que os profissionais veterinários conseguem identificar possíveis dificuldades no parte de uma cadela de forma antecipada, podendo, então, programar uma cesariana para evitar as complicações.
Os casos de possíveis partos distócicos (ou seja, de difícil realização) em cadelas podem ser definidos em função de diferentes fatores - que incluem desde a identificação de uma bacia pequena demais da fêmea para a passagem dos filhotes até o sofrimento fetal – e é importante levar sua cadelinha prenhe ao veterinário ao longo da sua gestação, possibilitando que uma analise detalhada seja feita e, dessa forma, não haja acidentes ou surpresas na hora do parto.
Mesmo sabendo que cerca de 95% dos partos em cadelas são normais, os 5% restantes podem ser de grande perigo para a vida e a saúde do animal – sendo que há, ainda, algumas raças específicas (como Bolldogs e Pugs) onde as chances de um parto distócico são extremamente altas, principalmente em função das suas características anatômicas nada favoráveis para um parto normal; incluindo a braquicefalia, que consiste no focinho achatado da pet.
Confira, a seguir, como funciona a cesariana em cadelas e quais são os casos em que esse tipo de procedimento é recomendado:
Cesariana em cadelas e partos distócicos
Conforme citado anteriormente, a grande maioria dos casos de partos em cadelas é feita de maneira normal; no entanto, há alguns casos específicos e emergenciais em que a cesariana pode ser indicada – que estão sempre relacionados a algum tipo de risco de vida para a mãe ou as crias. Os principais casos em que uma cesariana programada em cadelas é recomendada são:
  • Número de filhotes muito alto ou muito baixo Nos casos em que a ninhada a nascer conta com muitos filhotes – determinando um número de crias anormal para a raça em questão – a cesariana pode ser indicada, já que isso representa um grande perigo para cadela e crias em função de uma possível exaustão do útero da cachorra. No entanto, quando o número de filhotes é baixo demais, isso também pode representar a possibilidade de problemas, já que apenas uma cria pode não estimular o útero da cadela de maneira suficientemente boa para que haja um parto normal.
  • Cadelas com historio de complicações no parto As fêmeas que já tiveram partos distócicos apresentam grandes riscos de que a situação se repita e, por isso, uma cesariana programada pode ser altamente recomendada nestes casos.
  • Cadelas muito jovens ou muito idosas As contrações uterinas que são necessárias para a realização de um parto normal em cadelas podem não ocorrer quando a fêmea tiver ficado prenhe no seu primeiro cio ou se for de idade avançada; necessitando de uma cesariana para que os filhotes possam nascer sem complicações.
  • Raças com maior propensão para partos distócicos Conforme explicado, há uma série de raças que contam com chances maiores de passar por problemas graves durante o parto – em função de serem braquicefálicas (de focinho curto e achatado), por exemplo.  Neste grupo específico, podemos citar raças caninas como Bulldog, Bulldog Francês, Pequinês, Pug e Boston Terrier, entre outros.
  • Sofrimento fetal Por meio do acompanhamento da gestação da cadela por um médico veterinário profissional é possível detectar a possibilidade de sofrimento fetal – que ocorre em função de o feto já estar passando do tempo de nascer e a mãe não conseguir fazer seu parto - podendo, desta forma, realizar uma cesariana para que o filhote acabe com os riscos de morrer.
  • Características corporais desfavoráveis para o parto Cadelas com alterações corporais que possam dificultar o parto normal também podem precisar de cesarianas, sendo que as fêmeas com a região da pélvis (bacia) ou via fetal mole (vagina, vulva ou cérvix) estreitas demais são as que contam com os maiores perigos para uma passagem normal do feto na hora do nascimento dos filhotes. Isso costuma ser bemcomum em cadelas que já passaram por algum trauma que causou uma fratura na bacia, gerando esse estreitamento da passagem.
  • Falta de assistência profissional No caso das fêmeas prenhes que vivem em regiões de difícil acesso ou falta de profissionais veterinários, a cesariana programada também é indicada – excluindo os riscos de que, caso haja uma emergência de algum tipo na hora do parto, a cadela não possa contar com a ajuda de um médico para salvá-la e realizar um procedimento de emergência.
  • Outros fatores Além das situações já expostas há algumas outras que também podem representar problemas para as cadelas que terão crias, incluindo a gestação prolongada (que, conforme explicado, causa o sofrimento fetal). Descargas purulentas pela vagina (que podem ocorrer em função da piometra durante a gestação – necessitando de um diagnóstico rápido e preciso que pode ser feito por meio do ultrassom; sendo que, se confirmada a existência do problema, se torna fundamental a realização de um procedimento cirúrgico para retirada do útero) e sinais de intoxicação (como vômitos e diarreia) durante a gestação também podem ser grandes indícios de que um parto normal poderia envolver riscos e, portanto, ao notar esse tipo de sinal na sua pet prenhe, não hesite em levá-la imediatamente para uma consulta com um profissional – já que isso pode fazer toda a diferença na saúde e na vida da mãe e de suas crias.
Assim como no caso dos seres humanos, quando há filhotes em posições anormais no útero da cadela ou quando o tamanho das crias é grande demais - fato que costuma ocorrer, principalmente, nos casos em que o cruzamento de animais ocorre entre uma cadela de pequeno porte e um cão de porte grande – a cesariana programada também é altamente recomendada, evitando sofrimento, complicações e até a morte da cadela durante o processo do parto normal. Junto com estes fatores, também há alguns outros que determinam uma situação distócica e só podem ser identificados após o início do trabalho de parto, como contrações fortes demais sem sinais de expulsão dos filhotes ou contrações fracas demais por mais de três horas enquanto a cadela já se encontra em trabalho de parto. Outro caso que evidencia a necessidade de uma cesariana é visto nas ocorrências em que uma cadela que deve ter diversos filhotes demora mais de duas horas entre o parto das crias. Consistindo em uma situação de extrema urgência, esse tipo de caso exige providencias rápidas e a realização imediata de uma cesariana de emergência.
Por que o pré-natal canino é tão importante
Expostas as motivações acima, fica claro que as cadelas prenhes devem ter suas gestações acompanhadas por profissionais, para que qualquer tipo de disfunção que possa atrapalhar o parto ou prejudicar cadela e crias seja detectado – dando a oportunidade para que, caso se faça necessário, uma cesariana seja devidamente programada.
Embora essa investigação inicial e a programação da cesárea já excluam boa parte dos riscos que as disfunções geram para o parto de cadelas, é importante saber que o resultado desse tipo de procedimento também depende do estado de saúde da cachorrinha – mostrando, mais uma vez, o quão fundamental é fazer consultas regulares com um veterinário para cuidar da saúde da sua pet fêmea; principalmente se ela apresentar qualquer tipo de sintoma fora do normal na sua vida cotidiana.
Por isso, é fundamental que as cachorrinhas gestantes contem com acompanhamento durante esse período; já que, além de poder identificar possíveis riscos, o profissional veterinário também tem condições de avaliar o estado de saúde da cadela, recomendar possíveis tratamentos para problemas pré-existentes e até definir a necessidade de administração de vacinas importantes que, por ventura, o animal não tenha recebido.
 Levando em consideração o último aspecto abordado, se torna ainda mais importante o acompanhamento de um profissional durante a gestação das fêmeas – já que, conforme sempre citamos em nossos artigos, a administração de absolutamente nenhum medicamento deve ser feita aos animais sem orientação médica. Essa recomendação ganha ainda mais peso quando o animal em questão está gerando filhotes - pois, neste caso, além dos muitos problemas que podem ocorrer em função da auto-medicação, pode ser desencadeado, ainda, o aborto das crias.